“Para participar, o candidato precisa ser paciente do PROESQ e estar estabilizado por 6 meses, ou seja, sem crises, não fazer uso de drogas, não possuir benefício previdenciário ou aposentadoria por invalidez e desejar trabalhar no mercado formal”, explica a coordenadora do projeto Maria Beatriz Petreche.
Além da indicação ao emprego, a psicóloga explica que o paciente recebe também acompanhamento e orientação do programa. “Temos o acompanhamento interno, que é feito com o paciente nos primeiros dias de trabalho, sempre que necessário. E o externo, com encontros semanais no PROESQ, nos quais os candidatos e profissionais trabalham na resolução de possíveis conflitos, estigmas e no suporte emocional”, acrescenta.
Ainda de acordo com a especialista, os pacientes com transtorno mental grave apresentam grande dificuldade em conseguir emprego e, muitas vezes, são excluídos não só do mercado de trabalho, mas da vida social em geral. “Alguns apresentam inatividade, problemas financeiros e enfrentam o estigma social, fatores que podem contribuir para o agravamento da doença”.
De acordo com o coordenador do PROESQ, Rodrigo Bressan, o programa contribui para a melhora clínica e social do paciente. “Esse projeto é fundamental no desenvolvimento do tratamento e da vida dos portadores da esquizofrenia”, afirma.
O psiquiatra comenta também que o programa possui um diferencial em relação aos demais grupos de colocação profissional da diversidade no mercado formal, pois oferece suporte ao paciente e às empresas por tempo indeterminado. “Nesta primeira etapa, o programa atende portadores de esquizofrenia, mas a ideia é ampliar o atendimento a outros transtornos mentais”, finaliza Rodrigo Bressan.

